POSICIONAMENTO

UnB se posiciona após prisão de estudante que vendia drogas alucinógenas

O caso ocorreu nesta sexta-feira (13/6), no Guará, e foi investigado por agentes da Coordenação de Repressão às Drogas, que cumpriram mandado de busca e apreensão

Foram encontradas drogas em diferentes fases de cultivo e processamento, prontas para a venda, entre elas, o mel azul. -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Foram encontradas drogas em diferentes fases de cultivo e processamento, prontas para a venda, entre elas, o mel azul. - (crédito: Material cedido ao Correio)

A Universidade de Brasília (UnB) se posicionou após a prisão de uma estudante da instituição por tráfico de drogas. A jovem mantinha um esquema de tráfico cibernético de cogumelos alucinógenos e crimes ambientais. Ela foi detida no Guará, onde agentes da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) cumpriram mandado de busca e apreensão e encontraram drogas em diferentes fases de cultivo e processamento, prontas para a venda.

Em nota, a UnB informou que tomou conhecimento do episódio e acompanha o caso e colabora com as autoridades. “A UnB reforça seu compromisso com a legalidade, a ética e a promoção de um ambiente acadêmico seguro, voltado à produção de conhecimento, à pesquisa e à formação cidadã", garantiu.

Prisão

A jovem presa nesta sexta-feira (13/6) é estudante de Medicina Veterinária da UnB e foi detida no Guará. Agentes da Cord cumpriram mandado de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo do qual ela fazia parte e encontraram drogas em diferentes fases de cultivo e processamento, prontas para a venda — entre elas, o mel azul.

Segundo as investigações, os produtos eram anunciados e comercializados por meio de redes sociais, com promessas enganosas sobre supostos efeitos medicinais. As postagens miravam principalmente adolescentes, crianças e outros grupos vulneráveis. Também foram identificadas ofertas dentro do próprio campus da UnB, o que levou os investigadores até a estudante.

A jovem foi autuada por tráfico de drogas, por disseminação de espécies nocivas à agricultura, à fauna e ao meio ambiente, e ainda por curandeirismo — crime previsto quando alguém promete curas sem respaldo científico. Se condenada, pode pegar até 31 anos de prisão.

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Segundo sites especializados na pesquisa de entorpecentes, o mel azul anunciado pela estudante é uma mistura de mel tradicional com infusão de psilocibina — substância presente em cogumelos alucinógenos. Apesar do nome, a coloração azul ocorre apenas quando os cogumelos oxidam durante o preparo, liberando compostos que, além de conferirem a cor característica, contêm propriedades psicodélicas.

Consumido por via oral, o mel azul é utilizado como forma alternativa de ingestão dos cogumelos e também como método de conservação, já que o mel prolonga sua durabilidade. Embora apresentado por usuários como “natural” ou “terapêutico”, o produto é altamente psicoativo e, segundo especialistas, pode causar danos severos à saúde.

 

postado em 13/06/2025 13:00
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